‘Sessão de Terapia’ melhora quando vista no streaming

O formato de “Sessão de Terapia” é absolutamente genial. Criado em Israel, em 2005, pelo roteirista Hagai Levi, o programa consiste, basicamente, em uma conversa entre um psiquiatra e um de seus pacientes. Este último muda a cada dia da semana: exibida no mesmo horário, de segunda a sexta, a série permite que o espectador acompanhe o tratamento de cinco personagens diferentes. O quinto é o próprio terapeuta, que se consulta com um supervisor na sexta-feira.

Além da temática universal, “Sessão de Terapia” tem custos de produção relativamente baixos. Isso permitiu que o seriado ganhasse quase duas dezenas de versões internacionais, da China à Eslovênia. No Brasil foram três temporadas, exibidas entre 2012 e 2014 pelo canal GNT, com direção de Selton Mello e o ator Zécarlos Machado como o analista Theo.

Depois de cinco anos fora do ar, “Sessão de Terapia” está de volta, e com uma diferença importante. Impedido de se dedicar às gravações por causa de um contrato com a Record, Zécarlos Machado foi substituído pelo próprio Selton Mello, que agora faz o psiquiatra Caio Barone.

Confesso que fiquei preocupado. Eu nunca consegui me envolver com “Sessão de Terapia” em seus três primeiros anos. Até tentei, mas o adiantado da hora em que era exibida e o ritmo lento das conversas me davam um soninho irresistível. Com Selton trazendo sua voz suave para o papel principal, temi que o programa se tornasse um vídeo de ASMR [Resposta Sensorial Meridiana Autônoma], desses que entorpecem o espectador.
Leia mais (09/04/2019 – 12h00)