Me too e feminismo: verso e anverso

Em janeiro deste ano publiquei no Estado da Arte um ensaio sobre as críticas de artistas e intelectuais mulheres ao movimento Me Too; responsável, entre outras coisas, por revelar os escândalos de assédio e abuso sexual protagonizados pelo produtor de cinema  americano Harvey Weinstein.

Na época, uma das mais perspicazes críticas ao movimento partiu da escritora canadense Margaret Atwood, autora de romances como ?O Conto de Aia?, cuja versão para televisão, ?The Handmaid?s Tale?, produzida pelo serviço de streaming Hulu, encontra-se disponível no  Brasil no canal pago Paramount Channel.

Segundo ela, o movimento Me Too correria o risco de subverter os seus ideais e tornar-se instrumento de verdadeira caça às bruxas, ensejando oportunidade aos antifeministas de reviver o mito ancestral de que mulheres seriam incapazes de razoabilidade e que, por isso, não seriam elas competentes o suficiente para participar dos processos decisórios em suas sociedades.
Leia mais (08/27/2018 – 02h00)