Em categorias de base, rodeios de Barretos buscam ampliar diversidade

“A partir de agora vai continuar o rodeio júnior, simbora!”. A frase, comum no mundo dos rodeios e dita na última quinta-feira (22), seria apenas mais uma das centenas utilizadas por locutores, não fosse seu autor um jovem com autismo, o primeiro a narrar uma montaria na história da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.O jovem Tálick de Castro, 24, de Viradouro (SP), que foi diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista) aos seis anos, desde criança já gostava do universo country e se vestia com chapéu, camisa xadrez, calça jeans, botas e cinto com fivela.A inspiração surgiu de um primo que foi locutor de rodeios, e a vontade de atuar na profissão povoou os pensamentos de Castro até o ano passado, quando participou de um curso de narração do locutor Barra Mansa, um dos ícones das arenas.”É um sonho imenso estar aqui, muito bom. É isso que eu quero na vida”, disse o locutor momentos antes de entrar na arena do rodeio júnior, dedicado a peões adolescentes e com o objetivo de revelar novos talentos.Concentrado, narrou algumas montarias e repetiu o feito no dia seguinte. Questionado se pensava em narrar no estádio de rodeios, ao lado do espaço em que estava e que comporta 35 mil pessoas nas arquibancadas, abriu um sorriso: “Seria incrível, demais, é Barretão, né?”.Coordenador do rodeio júnior, José Alexandre Paiva disse que o desempenho de Castro surpreendeu.
Leia mais (08/24/2019 – 18h13)