Depósito da Amazon parece achados e perdidos

Os corredores parecem infinitos e estão apinhados de prateleiras. Cada uma está organizada por divisórias de plástico, formando buracos entulhados de produtos aleatórios: um conjunto de pratos recicláveis de bambu, uma caixa de boia inflável infantil, uma garrafa de enxágue bucal, uma lata de tomate. Parece um labirinto industrial de achados e perdidos ou, ainda, o supermercado mais bagunçado do mundo.

Mas essa primeira impressão de uma visita a um depósito da Amazon logo se dissipa. Afinal, a empresa do homem mais rico do mundo não tem nada de desorganizada. Jeff Bezos começou a Amazon como uma loja virtual de livros em 1994 e hoje é dono de mais de US$ 100 bilhões.

Estamos no primeiro centro de distribuição da Amazon na Califórnia, inaugurado em 2012, em San Bernardino, sul do estado. Hoje, a região tem 14 espaços de grandes operações da varejista online, num total de 18 mil funcionários.

No mundo, existem 175 centros de distribuição, incluindo 110 na América do Norte, alguns operados por robôs. Esses depósitos recebem e armazenam estoques dos fabricantes e os enviam diretamente aos clientes. Em média, 40 mil pacotes deixam cada um desses centros por dia, mas pode chegar a 1 milhão na época das festas de fim de ano.

Em San Bernardino, não há robôs, e sim 2.000 funcionários que trabalham em turnos de dez horas, quatro vezes por semana. O espaço tem 93 mil metros quadrados (tamanho de uns 13 campos de futebol) e funciona 24 horas. É um barulho constante de esteiras que transportam nossos futuros produtos, do estoque às áreas de embalagem, etiquetas, remessa e caminhões.
Leia mais (09/08/2019 – 12h00)