‘Braço jurídico’ de Cabral é preso pela 2ª vez no RJ

O ex-secretário estadual da Casa Civil Régis Fichtner foi preso pela segunda vez nesta sexta-feira (15) em decorrência das investigações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Fichtner é apontado como o “braço jurídico” da quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), preso desde novembro de 2016. O gerente da propina do emedebista, Carlos Miranda, afirmou que cabia ao ex-secretário dar forma legal aos contratos que geravam propina ao grupo.

Segundo Miranda, ele recebia uma mesada de R$ 100 mil do ex-governador.

Nem o Ministério Público Federal, nem a Justiça Federal divulgaram até o momento o motivo da nova prisão do ex-secretário.

Procurador do estado, Fichtner já é réu numa ação penal decorrente da Operação C?est Fini, deflagrada em novembro de 2017. Na ocasião, ele foi preso preventivamente sob suspeita de ter recebido R$ 1,5 milhão do esquema de Cabral.

Ele já havia sido citado identificado na contabilidade paralela de Luiz Carlos Bezerra, responsável por recolher e entregar dinheiro entre 2011 e 2016 a mando do ex-governador. Em depoimento, o operador financeiro identificou o ex-secretário como sendo o “Alemão” nas cadernetas apreendidas em sua casa -ele usava apelidos para se referir ao destino e origem do dinheiro.

Na ocasião, ele ficou apenas três dias preso. Foi solto por um habeas corpus concedido pelo juiz federal Paulo Espírito Santo. O relator da Lava Jato do Rio de Janeiro no TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), Abel Gomes, se julgou impedido de analisar o caso de Fichtner.

No governo, Fichtner sempre foi uma espécie de “solucionador de problemas” na gestão emedebista. Caíram em seu colo grandes contratos, como da obra da linha 4 do metrô, concessão do Maracanã e manutenção de frota de viaturas da Polícia Militar.
Leia mais (02/15/2019 – 06h51)