Atriz da favela ensina a rebolar ao som de ritmos afro e ‘funk sensual’

“Técnicas pra soltar o quadril e sambar na cara da sociedade. Um treino ao som de funk e outros ritmos afros a fim de estimular a sexualidade, a sensualidade e o improviso.”

Essa é a proposta, anunciada em um flyer da Oficina Afrofunk, aula que se tornou um sucesso entre mulheres no Rio de Janeiro e que chegou em abril a São Paulo. 

Durante duas horas de aula, a atriz e dançarina carioca Taísa Machado, 30, ensina alunas e alguns poucos alunos -aviso: homens héteros não são bem-vindos- a fazer o quadradinho e outros passos de danças com muito rebolado que têm origem em outros países. 

O twerk, que surgiu nos Estados Unidos e caiu no gosto de cantoras como Rihanna e Nicki Minaj, o baikoko, popular na Tanzânia e que costuma ser dançado no chão, e o dancehall, que mistura movimentos sensuais com acrobacias, são algumas delas. 

A advogada Sofia Melo, 25, foi uma das participantes da oficina realizada no centro da capital paulista, em 20 de abril. “Gostei principalmente dos paralelos que a Taísa faz entre os movimentos atuais do funk e a cultura africana”, diz ela, que pretende repetir a dose. 

Mais conhecidas no Rio, as aulas com funk e rebolado para mulheres também vêm se popularizando em São Paulo. O enfoque no empoderamento feminino atrai alunas de todos os tipos que queiram se sentir bem com seus corpos.
Leia mais (05/04/2019 – 14h00)