A morte na balança

Em “Vidas Secas”, romance de Graciliano Ramos, de 1938, uma família de retirantes nordestinos come o papagaio de estimação durante sua viagem para fugir da seca. Era o jeito, mas duvido que aquele papagaio, pouco maior que um galeto, bastasse para alimentar o marido, a mulher e as duas crianças. Passasse-se hoje a história, eles encontrariam, em meio à aridez da caatinga, uma filial do McDonald?s, do Bob?s ou do Burger King, e poderiam escolher entre as ofertas de hambúrgueres, de acordo com sua necessidade de calorias.
Leia mais (02/15/2019 – 02h00)