Documentário mostra como George Harrison criou sua produtora por querer tanto ver um filme

Em 1978, o Monty Python se preparava para rodar “A Vida de Brian”, seu terceiro longa-metragem. Àquela altura, o grupo de comediantes britânicos já estava consagrado: seu programa de TV era um sucesso internacional, e o segundo filme da trupe, “Monty Python em Busca do Cálice Sagrado”, havia tido boas bilheterias.

A trama do novo trabalho se passava em Jerusalém, nos tempos de Jesus Cristo. Cenários suntuosos estavam sendo construídos na Tunísia. Até que um executivo da EMI Films leu o roteiro com atenção e achou o material blasfemo. A produção foi abortada, poucos dias antes do início das filmagens.

George Harrison era fã ardoroso do grupo e amigo pessoal de alguns de seus membros. Inconformado com o cancelamento de “A Vida de Brian” e dono de uma imensa fortuna, ele resolveu ajudar com dinheiro.

O ex-Beatle desembolsou US$ 4 milhões (cerca de R$ 15,8 milhões) para concluir o filme que tanto queria ver. “Foi o ingresso mais caro de todos os tempos”, disse Eric Idle, que fazia parte do Python.

A brincadeira teve uma consequência positiva. Mordido pelo bicho do cinema, Harrison fundou com seu sócio Dennis O?Brien a produtora independente HandMade Films. Ao longo da década seguinte, a dupla seria responsável por alguns dos melhores filmes britânicos jamais feitos.
Leia mais (05/11/2019 – 12h20)