O verdadeiro Carnaval
Quando eu tinha uns 10 anos, meu pai me levou para pular Carnaval no clube do Corinthians. Minha mãe me arrumou de um jeito que eu não sabia se era um marinheiro gay, uma melindrosa depois de um assalto ou um palhaço mendigo e me deu um saco de confetes e serpentinas. Meu pai ficou sentado me olhando e falou: “Pode ir”. E eu perguntei “onde, pelo amor de Deus?”. “Ué, minha filha, pular Carnaval.” “Sozinha?” “Eu odeio Carnaval, sua mãe que mandou eu te trazer.” E saí pulando feito uma sonsa. Vi uma turminha desconhecida se tacando confetes e serpentinas e pensei “ah, isso deve ser Carnaval”, então fui lá tacar confetes e serpentinas neles também, que devem ter pensado “quem é essa mongoloide que fica jogando coisa na gente?”. Aí eu pedi pra ir embora.
Leia mais (02/15/2021 – 23h15)